SARDEGNA (Sul)
VIAGEM REALIZADA EM JANEIRO DE 2016 / PUBLICADO EM 14 DE ABRIL DE 2016 por ESTELA T.
ISOLA DI SANT'ANTIOCO
Chegando...
Assim que pousamos no Aeroporto di Cagliari, na Sardegna, fomos atrás de um carro para alugar. Não fizemos reserva antecipada, o que deixou o aluguel um pouco mais caro. Uma dica é sempre reservar antes porque a maioria das empresas não alugam sem reserva.
Alugamos com a minha carteira de motorista brasileira e fomos conhecendo a dinâmica das estradas da ilha rumo ao hotel, na cidade de Cagliari. Depois de deixarmos as malas e pegarmos as chaves do nosso quarto, voamos para a Isola di Sant'Antioco.
Antes de planejarmos ir para a Italia, já havíamos conversado como seria interessante conhecer a Chiara Vigo, uma tecelã da região. Mas sobre isso vou contar mais abaixo.
Seguindo do centro de Cagliari até Sant'Antioco, deu 93km pela SS195. A estrada é muito boa, mas no começo dava aflição porque além de ser via dupla, a estrada era meio estreita. Mas depois as coisas ficaram mais normais. A viagem até lá foi tranquila, ouvimos música e apreciamos um pouco da paisagem. Não há nada excepcional nesta estrada que pegamos, tem até lugares meio "comuns" com fábricas. Mas as duas fotos acima demonstram os momentos mais bonitinhos da paisagem.
Assim que pousamos no Aeroporto di Cagliari, na Sardegna, fomos atrás de um carro para alugar. Não fizemos reserva antecipada, o que deixou o aluguel um pouco mais caro. Uma dica é sempre reservar antes porque a maioria das empresas não alugam sem reserva.
Alugamos com a minha carteira de motorista brasileira e fomos conhecendo a dinâmica das estradas da ilha rumo ao hotel, na cidade de Cagliari. Depois de deixarmos as malas e pegarmos as chaves do nosso quarto, voamos para a Isola di Sant'Antioco.
Antes de planejarmos ir para a Italia, já havíamos conversado como seria interessante conhecer a Chiara Vigo, uma tecelã da região. Mas sobre isso vou contar mais abaixo.
Seguindo do centro de Cagliari até Sant'Antioco, deu 93km pela SS195. A estrada é muito boa, mas no começo dava aflição porque além de ser via dupla, a estrada era meio estreita. Mas depois as coisas ficaram mais normais. A viagem até lá foi tranquila, ouvimos música e apreciamos um pouco da paisagem. Não há nada excepcional nesta estrada que pegamos, tem até lugares meio "comuns" com fábricas. Mas as duas fotos acima demonstram os momentos mais bonitinhos da paisagem.
Chegando lá vimos uma cidade preguiçosa... era quase 13h e não havia movimentação. Como ainda não entendíamos sobre a dinâmica destas cidades mais tranquilas, não percebemos que estávamos na "siesta". Já estávamos com fome e não encontramos nada aberto por lá. Então perguntamos onde poderíamos almoçar e nos indicaram a "Lungomare", a avenida de frente ao mar.
Andamos até lá e no caminho, não encontramos nem uma alma viva. Parecia até uma cidade abandonada. No geral, as casas em Sant'Antioco são "normais", não tem quase nada belo por lá, a não ser o mar! Na Lungomare acabamos escolhendo o La Sulcitana. Restaurante relativamente grande com frutos do mar como especialidade. Para nossa imensa alegria, tudo fresco! A atendente foi ótima, e descobrimos que era brasileira. Assim ficou fácil perguntarmos sobre todas as opções do cardápio que, francamente... estava difícil entender! |
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Você pede uma porção e pode dividir com quem estiver. Como estávamos em 2, foi tudo na medida. Os pratos não são muito grandes, mas são maravilhosos. Comemos de entrada os mariscos, depois a fregola ai frutti di mare (fregola com frutos do mar) junto com spaghetti com calda de ouriço do mar e no final completamos com a lula empanada frita. Estava tudo muito, mas muito bom! Super recomendo. Comemos tanto que tivemos até que dar uma caminhada pela orla do mar para nos recompor. Para quem quer saber, cada item que pedimos tinha o valor de €5 em média.
A conversa com a brasileira no restaurante nos fez finalmente entender sobre a existência da "siesta". Desta forma, decidimos apreciar um pouco da paisagem da região com o carro.
Primeiramente andamos um pouco em frente ao restaurante (foto ao lado) e vimos os barquinhos dos pescadores. A claridade da água nos deu ânimo para explorar ainda mais a região.
Voltamos ao carro e seguimos rumo ao desconhecido (digo isso porque um itinerário não foi previamente desenhado). Seguimos a estrada mais próxima do mar rumo ao norte. Olhando pelo app de celular, íamos em beiradas para avistar o mar. Como ele é lindo lá... que querido este Mediterrâneo.
Percebi algo que jamais achei que iria encontrar na vegetação de lá: cactos. Há muitos cactos e não sei por que. Mas deixava a paisagem bem pitoresca.
Primeiramente andamos um pouco em frente ao restaurante (foto ao lado) e vimos os barquinhos dos pescadores. A claridade da água nos deu ânimo para explorar ainda mais a região.
Voltamos ao carro e seguimos rumo ao desconhecido (digo isso porque um itinerário não foi previamente desenhado). Seguimos a estrada mais próxima do mar rumo ao norte. Olhando pelo app de celular, íamos em beiradas para avistar o mar. Como ele é lindo lá... que querido este Mediterrâneo.
Percebi algo que jamais achei que iria encontrar na vegetação de lá: cactos. Há muitos cactos e não sei por que. Mas deixava a paisagem bem pitoresca.
Como não tínhamos nada para fazer em Sant'Antioco até a "siesta" acabar (16h), resolvemos ir mais ao norte. Antes de viajarmos, não havíamos combinado de alugar um carro. Cheguei a pesquisar como poderíamos ir de Sant'Antioco até a cidade Calasetta de ônibus. Mas já que estávamos de carro, sugeri irmos até lá.
Mas... para deixar a página mais fácil para a leitura, vou dizer o que aconteceu quando a "siesta" acabou e voltamos a Sant'Antioco às 16h: fomos atrás da Chiara Vigo no Museo del Bisso.
Museo del Bisso
Tínhamos lido uma matéria da BBC sobre a Chiara Vigo, que é uma tecelã de uma técnica milenar da região: a coleta da secreção de um molusco marinho grande da região para a transformação e confecção de um tipo de seda que, após tratamento, brilha como o ouro, chamado "bisso". A prática era muito comum na região, na antiguidade, sendo que muitos faraós e imperadores já usaram o "bisso" como ornamento ou até mesmo roupa. Com o passar dos anos, o bicho da seda acabou tomando o lugar do "bisso" e acabou sendo esquecido. Hoje Chiara Vigo, uma simpática e firme senhora, continua a tradição que é passada de mãe para filha. Além disso, Chiara é a única pessoa que mergulha e retira o material sem matar o molusco. Em cada mergulho, ela consegue retirar cerca de 2cm do material.
Mas... para deixar a página mais fácil para a leitura, vou dizer o que aconteceu quando a "siesta" acabou e voltamos a Sant'Antioco às 16h: fomos atrás da Chiara Vigo no Museo del Bisso.
Museo del Bisso
Tínhamos lido uma matéria da BBC sobre a Chiara Vigo, que é uma tecelã de uma técnica milenar da região: a coleta da secreção de um molusco marinho grande da região para a transformação e confecção de um tipo de seda que, após tratamento, brilha como o ouro, chamado "bisso". A prática era muito comum na região, na antiguidade, sendo que muitos faraós e imperadores já usaram o "bisso" como ornamento ou até mesmo roupa. Com o passar dos anos, o bicho da seda acabou tomando o lugar do "bisso" e acabou sendo esquecido. Hoje Chiara Vigo, uma simpática e firme senhora, continua a tradição que é passada de mãe para filha. Além disso, Chiara é a única pessoa que mergulha e retira o material sem matar o molusco. Em cada mergulho, ela consegue retirar cerca de 2cm do material.
O atelier de Chiara é no próprio Museo del Bisso. Lá ela te recebe de braços abertos e tem uma assistente que fala um ótimo inglês. Chiara nos mostrou o processo de limpeza do material que ela coleta, o banho do "bisso" em uma solução a base de limão que faz o "bisso" ficar conservado para toda a eternidade e também faz brilhar como ouro. A receita ela não passa a ninguém, lógico. Depois ela mostra a fiação da seda em um cordão para poder trabalhá-lo em um tear ou bordados.
Ela nos mostrou vários trabalhos e se mostrava muito orgulhosa por cada um deles, que leva anos para serem produzidos.
Ela nos mostrou vários trabalhos e se mostrava muito orgulhosa por cada um deles, que leva anos para serem produzidos.
Informações:
Horário de funcionamento: De 1º de Abril a 30 de Setembro das 09h-20h, de 1º de Outubro a 15 de Outubro das 09h-13h retornando às 15h30-20h, de 16 de Outubro a 31 de Março das 09h30-13h, retornando das 15h-18h. Fechado dias 25 e 26 de Dezembro, 1º de Janeiro e feriado da Páscoa.
Endereço: Via Regina Margherita, 113
Não foi cobrado entrada para a visita. Mas por favor, contribua com o local.
Horário de funcionamento: De 1º de Abril a 30 de Setembro das 09h-20h, de 1º de Outubro a 15 de Outubro das 09h-13h retornando às 15h30-20h, de 16 de Outubro a 31 de Março das 09h30-13h, retornando das 15h-18h. Fechado dias 25 e 26 de Dezembro, 1º de Janeiro e feriado da Páscoa.
Endereço: Via Regina Margherita, 113
Não foi cobrado entrada para a visita. Mas por favor, contribua com o local.
Basilica di Sant'Antioco Martire
A Basilica di Sant'Antioco Martire é uma igreja bizantina. Sua estrutura original foi construída no início do sexto século d.C. o altar principal estava sobre o túmulo do Beato Mártir Antíoco, enterrado nas catacumbas abaixo em 127 d.C. A basílica é de pedra, bem diferente de várias que encontramos na Italia. Nos falaram que antes o seu interior era todo revestido e durante uma tempestade, o gesso interno se desprendeu. Para a reforma da basílica foi decidido mantê-la na sua originalidade dos primórdios de sua construção. Porém a fachada se manteve do período barroco.
Fizemos um passeio nas catacumbas e a única foto que nos foi permitida fazer lá foi a da direita, abaixo. A visita foi guiada por um rapaz com bom nível de inglês. As catacumbas é quase um labirinto, muito grande, mas a visita foi só em uma parte dela.
O guia nos disse que as catacumbas eram utilizadas para enterrar as pessoas da região. Todas as tumbas estão abertas e vazias e percebi que cada local onde uma vez teve um corpo era bem pequeno. O guia nos disse que as pessoas daquela época eram pequena e geralmente magras.
As pessoas eram enterradas com seus tesouros e muito do que havia lá foi saqueado ao longo dos tempos. Lá embaixo você pode ver alguns jarros de barro que foram ignorados pelos saqueadores. Por um tempo, algumas pessoas começaram a habitar as catacumbas, como trogloditas, aproveitando que a temperatura é sempre agradável. Podemos observar alguns sulcos na estrutura das paredes onde colocavam tochas para iluminar o local. Ainda há marcas do calor das chamas.
O guia também nos disse que inexplicavelmente há momentos que o local fica com cheiro de rosas. Bem... eu não senti nenhum cheiro lá e apesar dos seus fins, é um local agradável.
Fizemos um passeio nas catacumbas e a única foto que nos foi permitida fazer lá foi a da direita, abaixo. A visita foi guiada por um rapaz com bom nível de inglês. As catacumbas é quase um labirinto, muito grande, mas a visita foi só em uma parte dela.
O guia nos disse que as catacumbas eram utilizadas para enterrar as pessoas da região. Todas as tumbas estão abertas e vazias e percebi que cada local onde uma vez teve um corpo era bem pequeno. O guia nos disse que as pessoas daquela época eram pequena e geralmente magras.
As pessoas eram enterradas com seus tesouros e muito do que havia lá foi saqueado ao longo dos tempos. Lá embaixo você pode ver alguns jarros de barro que foram ignorados pelos saqueadores. Por um tempo, algumas pessoas começaram a habitar as catacumbas, como trogloditas, aproveitando que a temperatura é sempre agradável. Podemos observar alguns sulcos na estrutura das paredes onde colocavam tochas para iluminar o local. Ainda há marcas do calor das chamas.
O guia também nos disse que inexplicavelmente há momentos que o local fica com cheiro de rosas. Bem... eu não senti nenhum cheiro lá e apesar dos seus fins, é um local agradável.
Informações:
Horário de funcionamento: De Segunda a Sábado das 09h-12h, retornando das 15h-18h. Domingos e feriados das 10h-11h, retornando das 15h-18h
Entrada para catacumbas: €5
Endereço: Piazza Parrocchia, 22
Horário de funcionamento: De Segunda a Sábado das 09h-12h, retornando das 15h-18h. Domingos e feriados das 10h-11h, retornando das 15h-18h
Entrada para catacumbas: €5
Endereço: Piazza Parrocchia, 22
CALASETTA
Calasetta fica ao norte da Isola di Sant'Antioco, a 11km do centro de Sant'Antioco. É muito conhecida pelas edificações brancas que possui. Vimos uma marina mas fiquei sabendo que o porto não águas profundas, limitando o tamanho dos barcos.
Chegamos lá e a cidade estava deserta. Não havia uma alma viva na rua, nem cachorros! Estávamos no horário da "siesta", então não conversamos com ninguém. Andamos muito pouco por lá, mas já percebemos o potencial que a região tem.
Chegamos em uma parte de rochedos lindo. Depois de uns dias da viagem, descobri algumas fotos da região e deu muita vontade de voltar pra lá em breve. Na nossa breve andança na região, descobrimos o MACC e como estava fechado, voltamos pra lá no final do dia, quase noite. Leia abaixo!
Chegamos lá e a cidade estava deserta. Não havia uma alma viva na rua, nem cachorros! Estávamos no horário da "siesta", então não conversamos com ninguém. Andamos muito pouco por lá, mas já percebemos o potencial que a região tem.
Chegamos em uma parte de rochedos lindo. Depois de uns dias da viagem, descobri algumas fotos da região e deu muita vontade de voltar pra lá em breve. Na nossa breve andança na região, descobrimos o MACC e como estava fechado, voltamos pra lá no final do dia, quase noite. Leia abaixo!
MACC - Museo d'Arte Contemporanea Calasetta
O inusitado MACC causa até um estranhamento quando você está na cidade congelada (não de frio, mas de movimento). Você não imagina encontrar um museu de arte contemporânea neste lugar, não é mesmo?
O prédio era um antigo matadouro da cidade que foi desativado há 40 anos. Através de Ermanno Leinardi, artista de Sardegna e um grupo de outros artistas, o MACC foi fundado. A coleção do museu traz obras do artista e de outros italianos, trabalhos estes desenvolvidos nos anos 60 e 70, além de alguns mais recentes.
O museu possui dois andares com arte construtivista e arte abstrata. É pequeno e a visita leva menos de 1 hora.
Quando voltamos a Calasetta, nem havíamos percebido que naquele dia ele não estava em funcionamento. As luzes estavam acesas, mas as portas trancadas. Pedimos à moça do local abrir para conhecermos o local e, apesar de estar fechado para visitação, a moça abriu a porta e nos deixou livre para observar a arte exposta lá.
Foi um bom passeio, meio descontraído. Não sei se no verão as pessoas saem pelas ruas de biquini (possivelmente não), mas achei muito curioso um museu lá no meio do nada, numa ilha no meio do mediterrâneo e nem era um museu de arqueologia!
O prédio era um antigo matadouro da cidade que foi desativado há 40 anos. Através de Ermanno Leinardi, artista de Sardegna e um grupo de outros artistas, o MACC foi fundado. A coleção do museu traz obras do artista e de outros italianos, trabalhos estes desenvolvidos nos anos 60 e 70, além de alguns mais recentes.
O museu possui dois andares com arte construtivista e arte abstrata. É pequeno e a visita leva menos de 1 hora.
Quando voltamos a Calasetta, nem havíamos percebido que naquele dia ele não estava em funcionamento. As luzes estavam acesas, mas as portas trancadas. Pedimos à moça do local abrir para conhecermos o local e, apesar de estar fechado para visitação, a moça abriu a porta e nos deixou livre para observar a arte exposta lá.
Foi um bom passeio, meio descontraído. Não sei se no verão as pessoas saem pelas ruas de biquini (possivelmente não), mas achei muito curioso um museu lá no meio do nada, numa ilha no meio do mediterrâneo e nem era um museu de arqueologia!
Informações:
Horário de funcionamento: De Junho a Agosto todos os dias exceto Segunda, das 18h-21h e de Setembro a Maio, somente Sábados e Domingos das 17h-20h
Entrada: €3
Endereço: Via Savoia
Horário de funcionamento: De Junho a Agosto todos os dias exceto Segunda, das 18h-21h e de Setembro a Maio, somente Sábados e Domingos das 17h-20h
Entrada: €3
Endereço: Via Savoia
CAGLIARI
Cagliari é a capital da ilha chamada Sardegna (Sardenha). Para chegarmos lá, voamos de Roma (Aeroporti Ciampino) pela Ryanair. Há opções de ir por ferry mas na minha pesquisa, pelo menos nesta época, a viagem de ida dura 12 horas e a de volta mais 12 horas. Como não queria "matar" tempo dentro de um ferry, decidi irmos com uma companhia low cost de aviação.
Nesta viagem andamos somente pelo sul da Sardegna. Ela surgiu em nosso roteiro porque queríamos conhecer o trabalho de uma senhora chamada Chiara Vigo. Como ela mora em uma outra ilha anexa à Sardegna, chamada Isola di Sant'Antiocco, tínhamos que ter como base a cidade de Cagliari por causa da proximidade com o aeroporto.
Os registros mais antigos apontam que Cagliari era habitada por tribos sardas (aliás, a Itália inteira era habitada por diversas tribos). Mais tarde acabou sendo "colonizada" por fenícios, cartagineses, romanos. No século V foi ocupada por Vândalos (e não é xingamento) e mais tarde foi conquistada por Justiniano.
Sei que o melhor da Sardegna está ao norte da ilha, mas nesta viagem só conhecemos um pouquinho do Sul. Está nos planos conhecer a ilha toda e já falo que é bom você alugar um carro para aproveitar ao máximo a ilha!
Nesta viagem andamos somente pelo sul da Sardegna. Ela surgiu em nosso roteiro porque queríamos conhecer o trabalho de uma senhora chamada Chiara Vigo. Como ela mora em uma outra ilha anexa à Sardegna, chamada Isola di Sant'Antiocco, tínhamos que ter como base a cidade de Cagliari por causa da proximidade com o aeroporto.
Os registros mais antigos apontam que Cagliari era habitada por tribos sardas (aliás, a Itália inteira era habitada por diversas tribos). Mais tarde acabou sendo "colonizada" por fenícios, cartagineses, romanos. No século V foi ocupada por Vândalos (e não é xingamento) e mais tarde foi conquistada por Justiniano.
Sei que o melhor da Sardegna está ao norte da ilha, mas nesta viagem só conhecemos um pouquinho do Sul. Está nos planos conhecer a ilha toda e já falo que é bom você alugar um carro para aproveitar ao máximo a ilha!
Andando pela cidade vimos a Torre dell'Elefante e tem este nome devido a uma escultura deselegante (veja se você consegue vê-lo na foto abaixo, perto do portão). Cagliari tem mais algumas deste tipo e a Torre di San Pancrazio é a mais alta e um dos símbolos da cidade. A Torre dell'Elefante foi construída em 1307 e para chegarmos até os seus pés, subimos várias escadas e ruas para chegar até lá. Quando entramos na torre, descobrimos que poderíamos subir nela por €3. Olhando lá de baixo, não imaginava que seriam tantos degraus. A vista lá em cima é bem bonita, podendo ver tudo na região. Para descer foi meio tenso porque só então, percebi que as escadas eram muito inclinadas e ficávamos imaginando que, se cairmos, iríamos quicando e com certeza cairíamos nos vãos da torre para o lado de fora.
Cattedrale di Santa Maria
A Cattedrale di Santa Maria também é conhecida como Duomo di Cagliari. Ela é de estilo eclético, numa combinação de diferentes estilos artísticos devido a influências de sete séculos de memórias históricas da cidade de Cagliari.
Construída em 1258, você observa muita coisa diferente nela, sendo decorações de muito bom gosto. O que achei curioso foram os leões (acho que eram de mármore) suportando as escadas do altar-mor, em estilo meio asiático. Não encontrei nenhuma informação a respeito e não sei se são realmente asiáticos, mas enfim... observe os mármores vermelhos manchados em algumas partes da igreja, são lindos!
Se não bastasse, a cripta também é linda, toda bem decorada com esculturas e cheia de detalhes, apesar de já ter visto tantas igrejas e criptas, recomendo visita-la.
Construída em 1258, você observa muita coisa diferente nela, sendo decorações de muito bom gosto. O que achei curioso foram os leões (acho que eram de mármore) suportando as escadas do altar-mor, em estilo meio asiático. Não encontrei nenhuma informação a respeito e não sei se são realmente asiáticos, mas enfim... observe os mármores vermelhos manchados em algumas partes da igreja, são lindos!
Se não bastasse, a cripta também é linda, toda bem decorada com esculturas e cheia de detalhes, apesar de já ter visto tantas igrejas e criptas, recomendo visita-la.
Informações:
Horário de funcionamento: o que encontrei foi que está aberto diariamente das 08-12h e reabre das 16h-20
Endereço: Piazza Palazzo, 4/a.
Horário de funcionamento: o que encontrei foi que está aberto diariamente das 08-12h e reabre das 16h-20
Endereço: Piazza Palazzo, 4/a.
Antico Palazzo di Città: Eurasia
Saindo da Cattedrale di Santa Maria fomos até o Antico Palazzo di Città que achávamos que chamava "Eurasia". Mas não.
O edifício é histórico em Cagliari e foi a prefeitura da cidade na Idade Média até o final do século XIX. Abandonado, foi restaurado e hoje está sendo usado para exposições temporárias de arte contemporânea.
O prédio também abriga uma base permanente, três coleções cívicos: Fondo Etnografico Manconi-Passino (Fundo Etnográfico Manconi-Passino), Fondo Ceramico Ingrao (Fundo de cerâmica Ingrao) e o Fondo d’Arte sacra Ingrao (Fundo de Arte Sacra Ingrao).
Tivemos a sorte de visitarmos a exposição "Eurasia" que reuniu obras-primas do Museo Statale Ermitage e do Musei della Sardegna (exposição começou em 22 de Dezembro de 2015 e terminará em 10 de Abril de 2016). São quase 400 obras arqueológicas que datam do quinto para o primeiro milênio a.C.
A expografia era perfeita, facilitando a imersão do visitante nas obras. A cada sala era uma surpresa, com artefatos, utensílios e objetos arqueológicos. Aprendemos muito!
O edifício é histórico em Cagliari e foi a prefeitura da cidade na Idade Média até o final do século XIX. Abandonado, foi restaurado e hoje está sendo usado para exposições temporárias de arte contemporânea.
O prédio também abriga uma base permanente, três coleções cívicos: Fondo Etnografico Manconi-Passino (Fundo Etnográfico Manconi-Passino), Fondo Ceramico Ingrao (Fundo de cerâmica Ingrao) e o Fondo d’Arte sacra Ingrao (Fundo de Arte Sacra Ingrao).
Tivemos a sorte de visitarmos a exposição "Eurasia" que reuniu obras-primas do Museo Statale Ermitage e do Musei della Sardegna (exposição começou em 22 de Dezembro de 2015 e terminará em 10 de Abril de 2016). São quase 400 obras arqueológicas que datam do quinto para o primeiro milênio a.C.
A expografia era perfeita, facilitando a imersão do visitante nas obras. A cada sala era uma surpresa, com artefatos, utensílios e objetos arqueológicos. Aprendemos muito!
Depois que terminamos a vista no Palazzo di Città, vimos a Piazza Carlo Alberto e resolvemos entrar em uma lanchonete para tomarmos água e suco de maçã verde.
Depois disso fomos atraídos por uma loja muito fofa, a La Bottega. É uma mercearia que vende pães, vinhos, queijos, legumes, frutas, enfim... coisas que estávamos ávidos em experimentar. Mesmo os atendentes não falando inglês e nós não falando italiano, a comunicação foi ótima e o atendimento fantástico. O rapaz que nos atendeu nos fez experimentar alguns queijos e não foi possível sair de lá sem ao menos dois pedaços (um gorgonzola e um queijo amarelo que não lembro o nome mas era divino). Pra acompanhar, um vinho vermelho pequeno que ele mesmo indicou. Por mim, compraria tudo, mas não era possível naquele momento. Comemos tudo no banco da Piazza Carlo Alberto vendo a vida passar e as pombas se aproximarem. Foi ótimo! Isso era uma das coisas que precisávamos fazer na viagem! |
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Em uma noite, em nossas andanças para encontrarmos uma vaga na rua para estacionarmos o carro, perto do hotel, acabamos caindo no restaurante Locanda Caddeo.
O local é mais contemporâneo, bem moderninho. Entramos morrendo de fome e subimos no salão de cima. Eu estava muito cansada, mas muito e por isso, não tirei fotos do local. Mas é bonitinho, ambiente jovem.
Vimos o cardápio e decidimos em pedir o "mix de focaccia" que veio uns 4 pedaços de várias focaccias do dia (sim, é surpresa o que virá e custa €8). Pedi também uma focaccia unitária que me atraiu porque era de salmão e abobrinha (eu precisava experimentar). Também pedimos batatas fritas e batatas assadas que estavam muito boas. Sao porções pequenas que no final nos alimentaram na medida! Nem muito, nem pouco!
Fica na Via Sassari, 75
O local é mais contemporâneo, bem moderninho. Entramos morrendo de fome e subimos no salão de cima. Eu estava muito cansada, mas muito e por isso, não tirei fotos do local. Mas é bonitinho, ambiente jovem.
Vimos o cardápio e decidimos em pedir o "mix de focaccia" que veio uns 4 pedaços de várias focaccias do dia (sim, é surpresa o que virá e custa €8). Pedi também uma focaccia unitária que me atraiu porque era de salmão e abobrinha (eu precisava experimentar). Também pedimos batatas fritas e batatas assadas que estavam muito boas. Sao porções pequenas que no final nos alimentaram na medida! Nem muito, nem pouco!
Fica na Via Sassari, 75
Poetto
A praia de Poetto nos foi indicado pelo pessoal do Bed&Breakfast e é bem perto do Centro (8km do B&B). É a principal praia de Cagliari e tem cerca de 8 quilômetros.
Fomos no inverno e não tinha quase ninguém na praia. Uma e outra pessoa estava lá deitada com roupas na praia trocando idéia, outros estavam surfando com um equipamento que puxa a pessoa com o vento (não sei o nome) e havia nós. Só.
A praia é linda e a cor do mar chama a atenção! Lindo!
Fico imaginando no verão, depois que vi umas fotos... parece que fica bem cheia e coberta por guarda-sóis. Eu fiquei me imaginando tomando banho de sol lá e com certeza vou querer voltar, talvez não no alto verão (porque eu não gosto de lugares muito cheios).
É bom saber que vimos um quiosque na praia.
Fomos no inverno e não tinha quase ninguém na praia. Uma e outra pessoa estava lá deitada com roupas na praia trocando idéia, outros estavam surfando com um equipamento que puxa a pessoa com o vento (não sei o nome) e havia nós. Só.
A praia é linda e a cor do mar chama a atenção! Lindo!
Fico imaginando no verão, depois que vi umas fotos... parece que fica bem cheia e coberta por guarda-sóis. Eu fiquei me imaginando tomando banho de sol lá e com certeza vou querer voltar, talvez não no alto verão (porque eu não gosto de lugares muito cheios).
É bom saber que vimos um quiosque na praia.
Villasimius
Villasimius fica a quase 63km de distância do B&B que nos hospedamos. Também foi uma dica do pessoal de lá e somos muito agradecidos pela dica.
Pegamos a estrada, colocamos boa música para escutar e o tempo estava maravilhoso. Não precisamos usar muitos agasalhos e observamos a paisagem que a estrada nos ofereceu e digo... é linda, tão linda, que jamais esquecerei na minha vida todos aqueles momentos! Realmente é fácil ser feliz com as paisagens que vimos por lá.
A estrada tem ótima estrutura e como eles sabem que a paisagem é linda, há acostamentos estratégicos na estrada para os viajantes apreciarem com mais calma (e evitar acidentes).
Paramos por alguns acostamentos e ficamos maravilhados!
Pegamos a estrada, colocamos boa música para escutar e o tempo estava maravilhoso. Não precisamos usar muitos agasalhos e observamos a paisagem que a estrada nos ofereceu e digo... é linda, tão linda, que jamais esquecerei na minha vida todos aqueles momentos! Realmente é fácil ser feliz com as paisagens que vimos por lá.
A estrada tem ótima estrutura e como eles sabem que a paisagem é linda, há acostamentos estratégicos na estrada para os viajantes apreciarem com mais calma (e evitar acidentes).
Paramos por alguns acostamentos e ficamos maravilhados!
No conjunto de fotos ao lado você pode ver um pouco daquilo que vimos (clique em cima para ampliá-las). Como era inverno, o dia acabava rápido (18h já fica bem escuro). Então, focamos na estrada e não paramos tanto nos acostamento. Mas tivemos muita vontade de parar em todos!
Eu achei tudo lindo. Não sei se sou muito simplória rs mas as paisagens me emocionaram num nível muito, mas muito alto. Fiquei imaginando como deve ser morar em uma das pequeninas cidadelas perto daquele mar... A ilha é um paraíso ! |
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Chegando na Villasimius encontramos outra cidade congelada no tempo (o que não é ruim, aliás, nem um pouco). Dirigimos um pouco nela, que é pequena, e vi no mapa que poderíamos chegar mais próximos do mar. Sem querer acabamos caindo numa baía da Fortalezza Vecchia. Eu não sei o que ela é porque estava fechada, mas estacionamos o carro e subimos até ela. Paramos o carro e andamos pela baía que é linda, com água transparente, cheia de pedras. Deu vontade de mergulhar mas com certeza estava bem fria.
Observamos uns "grunhos" de alguma fibra marinha que se acumulam e formam bolotas (vimos em Poetto também). Não faço ideia do nome disso, mas tem foto mais abaixo. Também observamos um conglomerado de um tipo de palha marina seca na borda da praia e era fofo pisar nele (veja foto abaixo).
Observamos uns "grunhos" de alguma fibra marinha que se acumulam e formam bolotas (vimos em Poetto também). Não faço ideia do nome disso, mas tem foto mais abaixo. Também observamos um conglomerado de um tipo de palha marina seca na borda da praia e era fofo pisar nele (veja foto abaixo).
Ficamos mais um tempo nesta baía de Villasimius e quando a noite começou a dar o tom na luz, voltamos a Cagliari.
A ilha é tão mágica que nos presenteou com um "adeus" ou um "até logo" fantástico: a foto abaixo mostra o que estou falando... com as nuvens nos morros próximos à estrada que estávamos dirigindo e a luz meio roxa, meio amarela, meio vermelha, linda, linda, linda. O carro estava em movimento e não dava para não olhar pra imagem ao nosso lado. Foi um momento lindo e logo falei: "é até injusto ter que ir embora daqui". E foi injusto, muito injusto e cruel!
A ilha é tão mágica que nos presenteou com um "adeus" ou um "até logo" fantástico: a foto abaixo mostra o que estou falando... com as nuvens nos morros próximos à estrada que estávamos dirigindo e a luz meio roxa, meio amarela, meio vermelha, linda, linda, linda. O carro estava em movimento e não dava para não olhar pra imagem ao nosso lado. Foi um momento lindo e logo falei: "é até injusto ter que ir embora daqui". E foi injusto, muito injusto e cruel!
Dicas de mais lugares para conhecer:
A sua viagem não precisa se restringir a Cagliari. Você pode aproveitar a ilha inteira. Há rede ferroviária e de ônibus na isola mas avalie a possibilidade de alugar um carro para te dar mais mobilidade. Vá pingando de praia em praia em volta da ilha. Esta é minha sugestão. |
Hospedagem:Nos hospedamos no Cagliari Novecento que é um Bed&Breakfast perto da estação do trem. Não utilizamos o trem, já que alugamos um carro no aeroporto. Chegamos no hotel facilmente com o GPS e tivemos muito trabalho para achar vaga na rua para estacionar o carro. Fui até a recepção e para minha surpresa a recepcionista falava português. Ela foi ótima, muito prestativa e dinâmica. Me apresentou rapidamente o hotel e me deu dicas de como estacionar na região. O hotel é simples, com cara de antigo. Tem uma escada bem grande para chegar nos quartos. O quarto é bom, com cama de casal composto de dois colchões de solteiro. Boa roupa de cama e de banho, banheiro bem limpo e ajeitado, a água é muito boa. O quarto dava para rua, o que pode ser ruim para quem tem sono leve… ouvimos muitas conversas na rua por um tempo. O quarto em sí é bom, mas senti um cheiro particular lá… deve ser das vigas enormes de madeira do teto, não sei. O café da manhã é servido em um restaurante pertinho, é um bom café da manhã sem opções salgadas. Não deixe de pedir um delicioso cappuccino. Possui estacionamento sem manobrista por €8 a diária. Endereço: Via Giovannu Maria Angioy, 23.
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